Saturday, December 8, 2007

Computadores a luz!

Apesar de muita gente ainda usar no dia-a-dia luz como sinônimo de energia elétrica (quem nunca ouviu a célebre frase "faltou luz" quando o fornecimento de energia elétrica é interrompido durante o dia, as vezes com certa abundância de luz solar?), a "luz" nesse caso é luz mesmo, fótons e cia.

A IBM está anunciando um modulador eletro-óptico de silício Mach-Zehnder (do inglês silicon Mach-Zehnder electro-optic modulator), que basicamente converte pulsos elétricos em ondas luminozas. A principal vantagem é transmissão de dados sem fio dentro de um processador, reduzindo custo de produção - bom, depende de quanto custar esse modulador, na verdade - e principalmente, como não haverá resistência na transmissão elétrica, as perdas com transmissão de dados reduzem bastante, e o consumo de energia reduz também. Fala-se em 4 mil núcleos de processamento em um notebook - imagino que com a duração de 2 ou mais horas de bateria. Até agora, estão falando apenas em usar essa tecnologia dentro do processador. Todos os barramentos externos aparentemente continuam usando o bom e velho sinal TTL ou CMOS.

Estava pensando, quanto tempo até tornarem toda a comunicação interna de um PC baseada em luz? Quer dizer, parece meio estranho o caminho que a coisa vai tomar.
Um sinal elétrico de algum periférico ou placa PCI e afins chega até o processador, é convertido em luz, o processador reage ao estímulo, bota no barramento de saída, o sinal é demodulado pra sinal elétrico novamente, vai para algum periférico. Até entendo a comunicação com HDs, leitores de CDs, etc ser baseada em pulsos elétricos por uma questão de alinhamento e simplicidade para montar (bom, mais ou menos, não seria possível usar fibra-óptica?), mas a comunicação processador-memória, barramento-processador, barramento-memória, basicamente toda a comunicação interna de uma placa mãe poderia ser totalmente baseada nessa tecnologia, não? De qualquer forma, acho que o negócio agora é esperar isso ficar barato suficiente para chegar até nossas casas. Enquanto isso, vou ficar pensando no problema "o que fazer com o poder computacional de 4 mil cores?" (um passo mais próximo de dominar o mundo, mwahahahaha!)



Fonte: Meio Bit

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